10 de maio de 2009

Em seu primeiro mandato o prefeito João Henrique deu o que ele chamou de "Banho de Asfalto" em Salvador. Pois é... a chuva agora enxaguou.


Quem mora em Salvador, principalmente as pessoas que trafegam diariamente pelas avenidas Paralela, Bonocô, Ogunjá e ACM, provavelmente se sentiram no fim do mundo durante a terça-feira 05/05/09. A chuva começou cedo e por volta das 8:30 ela piorou e não parou mais até a tarde.
Avenidas alagadas e deslizamento de encostas foram os principais problemas. As emissoras de rádio impossibilitadas de enviar repórteres aos locais onde aconteciam as notícias, passaram a receber ligações dos ouvintes informando a situação no local onde estavam. A partir daí não posso garantir se foi exagero do povo ou se a situação da cidade era realmente tão calamitosa. Água até o nível da cintura em quase toda a extensão da avenida ACM, Ogunjá interditada em razão dos deslizamentos, moradores da Av. Dorival Caymi inconformados com a perda de móveis ocasionada pela enxurrada que invadiu suas casas, queimaram os móveis perdidos no meio da avenida interrompendo o tráfego. Ouvi até que em algum lugar os moradores aproveitaram a lentidão do tráfego gerada pela chuva e fecharam uma rua cobrando pedágio dos carros que a utilizavam para cortar caminho.
Passadas as chuvas, o governo cria programas habitacionais para que os desabrigados encontrem nova moradia e, enquanto um representante do governo falava sobre esses programas em um telejornal, o repórter que o entrevistava tentava pressioná-lo com perguntas do tipo. "Essas casas serão entregues imediatamente?", "Ainda nos próximos meses os desabrigados estarão em suas novas casas?

Diante de tudo o que aconteceu algumas dúvidas me afligem:
- Onde fica essa loja de pronta entrega de casas da qual o repórter da Rede Bahia devia estar falando?
- Não teria sido mais barato o governo investir em obras para prevenir os danos que a chuva causa na cidade? (todo ano é a mesma ladainha...)
- Quem inventou essa história de que em Salvador é verão o ano todo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário